Início: 14/08/2012
Término:

Equipe: Francielle Sato, Luzmarina Hernandes (coordenadora), Mauro Luciano Baesso, Taiana Gabriela Moretti Bonadio e Wilson Ricardo Weinand

Chamada de Projetos 05/2011 – Programa Universal – Pesquisa Básica e Aplicada/Fundação Araucária (Protocolo 22983). Para o desenvolvimento de arcabouços de biomateriais com ótimo desempenho no reparo ósseo, é extremamente importante compreender a interação células osteogênicas-arcabouço. A hidroxiapatita (HAp) é um dos materiais que apresenta maior biocompatibilidade e bioatividade mas tem a desvantagem de não oferecer resistencia à pressão; entretanto a HAp pode ser enriquecida com outros tipos de materiais mais resistentes como o nióbio (Nb), na forma de pentóxido de nióbio, formando um compósito hidroxiapatita-pentóxido de nióbio (HAp-Nb2O5). O pentóxido de Nb é um óxido biocompatível, resistente à corrosão e capaz de nuclear-se com a apatita, tornando-se bioativo. Nosso grupo esta avaliando a interface biomaterial-compósito do ponto de vista morfológico e físico-químico e os resultados tem demonstrado que o compósito apresenta as mesmas características de bioatividade da hidroxiapatita com a vantagem de ter maior dureza e resistência do nióbio. Entretanto não foi possível avaliar a osteointegração com o compósito uma vez que este foi manufaturado com poros na ordem de nanômetros. Desta forma, a presente proposta tem como objetivo avaliar a interação do compósito, na forma de escafolde, com o tecido ósseo no processo de regeneração de defeitos de tamanho crítico na calvária de ratos. Na calvária de ratos Wistar será confeccionado um defeito de 10mm de diâmetro que será preenchido com um escafolde na forma de pastilha de HAp-Nb2O5 (grupo experimental) ou HAp (grupo controle). Os animais serão mortos 15, 45, 60 e 90 dias após a colocação das pastilhas e as amostras da calvária serão coletadas. Para o estudo histológico amostras serão fixadas em paraformaldeído 4% e processadas para inclusão em parafina para realização de cortes histológicos que serão corados com H&E e pela técnica de Azan, imunocorados para detectar a expressão de VEGF, osteocalcina, RANKL e TUNEL. Será realizada análise da fosfatase alcalina como um marcador da formação óssea. Também serão realizadas físico-químicas: difratometria de raios X, para identificar a estrutura cristalina das amostras, microscopia eletrônica de varredura (MEV) para avaliar a microestrutura do material e espectroscopia de energia dispersiva (EDS) para identificar os elementos químicos presentes na amostra. A associação das técnicas de microscopia com as análises físico químicas possibilitará que se compreenda as interações que se estabelecem na interface biomaterial-osso no escafolde.

Financiamento: Chamada de Projetos 05/2011 – Programa Universal – Pesquisa Básica e Aplicada/Fundação Araucária (Protocolo 22983).